Billabong Pipe Masters

Tropa de elite

Miguel Pupo, Billabong Pipe Masters 2013, Pipeline, Hawaii

 

Miguel Pupo faz bonito no Billabong Pipe Masters e garante a permanência na elite mundial. Foto: © ASP / Cestari.
Damien Hobgood dá adeus ao WCT. Foto: © ASP / Kirstin.
Dusty Payne também está fora da elite mundial. Foto: © ASP / Cestari.

O melhor brasileiro no Billabong Pipe Masters pelo segundo ano consecutivo foi o paulista Miguel Pupo. Ele precisava repetir o nono lugar do ano passado para garantir sua permanência na elite do WCT e conseguiu isso surfando grandes tubos para vencer as duas baterias que necessitava para isso.

 

Na primeira, ganhou o duelo verde-amarelo da segunda fase com o catarinense Alejo Muniz em um tubaço de backside nas direitas do Backdoor no último minuto da bateria.

Com esta vitória, já tirava a 22a e última vaga dos que são mantidos pelo ranking do WCT do norte-americano Brett Simpson. Precisava passar mais uma fase para garantir de vez o seu nome, sem depender dos resultados de ninguém.

O adversário era o Top 9 Josh Kerr, que foi igualmente batido nos minutos finais por Pupo, desta vez surfando a esquerda de Pipeline para ganhar nota 9,07 e ser o sétimo brasileiro no WCT 2014, um a mais que este ano.

No último dia, Pupo surfou outro tubaço para derrotar o francês Jeremy Flores com nota 9,77 em Banzai Pipeline, sendo o único goofy-footer a se classificar para as quartas de final, pois todos os outros sete surfam as esquerdas de backside, de costas para a onda. Depois, não achou os tubos contra o campeão mundial Joel Parkinson, mas a meta já estava cumprida e ele ainda melhorou sua colocação no Billabong Pipe Masters com o quinto lugar esse ano.

Com isso, o Brasil volta a superar os Estados Unidos, que permaneceu com seis Tops, para formar o segundo maior esquadrão no pelotão de elite da ASP, abaixo apenas da Austrália com doze competidores. Pupo subiu para 19o no ranking e mais três paulistas ficaram no G-22 do WCT: Adriano de Souza em 13o lugar, Gabriel Medina em 14o e o estreante Filipe Toledo em 15o. Já o catarinense Alejo Muniz e o carioca Raoni Monteiro confirmaram suas permanências pelo G-10 do ASP World Ranking, que também classificou o potiguar Jadson André para reforçar a seleção brasileira em 2014.

Novidades na elite Além de Jadson André, quem também retorna ao WCT no ano que vem é o basco Aritz Aranburu, que esteve entre os melhores do mundo nas temporadas de 2008 e 2009.

 

Já os australianos Mitch Crews e Dion Atkinson serão os estreantes do ASP Tour 2014. Os quatro que saíram da elite para a entrada deles foram o norte-americano Damien Hobgood, o australiano Kieren Perrow, o irlandês Glenn Hall e o havaiano Dusty Payne. Aliás, com a volta de Jadson André, o Brasil tirou uma vaga do Hawaii, que não colocou ninguém no lugar de Dusty Payne e terá só três participantes no WCT 2014.

O australiano Owen Wright e o português Tiago Pires também ficaram fora das duas listas classificatórias, mas receberam os dois wildcards (convites) que a ASP reserva para os atletas que se contundiram durante a temporada. Com isso, eles poderão participar de todo o circuito, completando o novo grupo dos Top 34 que vai disputar o título mundial no ASP World Tour 2014 nas melhores ondas do mundo.

Onze etapas em 2014
A etapa brasileira do WCT está confirmada, com o Billabong Rio Pro novamente tendo seu palco principal instalado no Postinho da Barra da Tijuca, de 7 a 18 de maio, no Rio de Janeiro. A temporada começa mais uma vez pela Austrália, que no ano que vem terá uma prova a mais, a estreia do Margaret River Pro, de 2 a 13 de abril, em Margaret River. A abertura continua no Quiksilver Pro Gold Coast nos dias 1 a 12 de março e o tradicional Rip Curl Pro acontece nos dias 16 a 27 de abril, em Bells Beach, depois de Margaret River.

Da Austrália, os melhores surfistas do mundo vêm para o Brasil e depois seguem para a fase mais desafiadora pelas ilhas de Fiji, Indonésia e Tahiti. O Fiji Pro será do dia 1o a 13 de junho, nas ilhas de Tavarua e Namotu. Em seguida tem o Bali Pro, de 17 a 28 de junho, na Indonésia. Já o Billabong Pro Teahupoo é em agosto, do dia 15 a 26, na Polinésia Francesa.

O calendário prossegue em setembro com o Hurley Pro Trestles nos dias 9 a 20, na Califórnia, Estados Unidos, e o Quiksilver Pro France abrindo a fase europeia de 25 de setembro a 6 de outubro, em Hossegor, França. Na sequência tem o Moche Rip Curl Pro Portugal de 8 a 19 de outubro, em Peniche, com o Billabong Pipe Masters fechando a temporada nos dias 8 a 20 de dezembro, nas esquerdas de Banzai Pipeline e nas direitas do Backdoor, Hawaii.

 

Top 22 do WCT para 2014

1 Mick Fanning (Aus) – 54.400 pontos
2 Kelly Slater (EUA) – 54.150
3 Joel Parkinson (Aus) – 48.450
4 Jordy Smith (Afr) – 43.150
5 Taj Burrow (Aus) – 42.900
6 Julian Wilson (Aus) – 40.950
7 Kai Otton (Aus) – 39.600
8 Nat Young (EUA) – 38.000
9 Josh Kerr (Aus) – 36.100
10 John John Florence (Haw) – 35.150
11 C. J. Hobgood (EUA) – 34.650
12 Michel Bourez (Tah) – 33.000
13 Adriano de Souza (Bra) – 31.750
14 Gabriel Medina (Bra) – 25.000
15 Filipe Toledo (Bra) – 24.400

16 Sebastian Zietz (Haw) – 24.350
17 Adrian Buchan (Aus) – 24.200
18 Jeremy Flores (Fra) – 23.000
19 Miguel Pupo (Bra) – 18.450
19 Fredrick Patacchia (Haw) – 18.450
21 Bede Durbidge (Aus) – 16.200
22 Matt Wilkinson (Aus) – 15.950

Wildcards da ASP por contusão Owen Wright (Aus) e Tiago Pires (Por)

Classificados pela divisão de acesso

1 Adam Melling (Aus)
2 Kolohe Andino (EUA)
3 Alejo Muniz (Bra)
4 Jadson André (Bra)

5 Mitch Crews (Aus)
6 Aritz Aranburu (Esp)
7 Raoni Monteiro (Bra)
8 Travis Logie (Afr)
9 Dion Atkinson (Aus)
10 Brett Simpson (EUA)

 

Atletas que deixam a elite mundial

Damien Hobgood (EUA) em 29o no WCT e 38o no ASP World Ranking que classificou até o 32o
Kieren Perrow (Aus) em 31o no WCT e 143o no ASP World Ranking

Dusty Payne (Haw) em 32o no WCT e 44o no ASP World Ranking
Glenn Hall (Irl) em 33o no WCT contundido e 60o no ASP World Ranking

Exit mobile version