Goofies brazucas se garantem em Fiji

Paulo Moura surfou muito, mas perdeu nos segundos finais para Mark Occhilupo

Paulo Moura surfou muito, mas perdeu para Mark Occhilupo nos segundos finais. Foto: Gomez / ASP World Tour.
Em ondas de até 2 metros quebrando sobre a rasa bancada de Restaurants, foram disputados os 15 confrontos restantes da terceira fase e a bateria de abertura das oitavas-de-final do Quiksilver Pro Fiji.

 

Válida como a quarta etapa do WCT, a competição distribui US$ 260 mil em prêmios e tem prazo de encerramento até a próxima quarta-feira (4/6).

 

Victor Ribas e Guilherme Herdy são os únicos brazucas que permanecem no evento. Vitinho eliminou Peterson Rosa num confronto 100% verde-amarelo, enquanto Herdy carimbou seu passaporte para as oitavas despachando o aussie Trent Munro.

A bancada de Restaurants segue bombando no Quiksilver Pro Fiji. Foto: Gomez / ASP World Tour.

 

Por pouco o Brasil não teve um atleta garantido nas quartas-de-final. Na abertura das oitavas, o pernambucano Paulo Moura foi eliminado pelo aussie Mark Occhilupo nos últimos segundos.

 

Ambos tinham duas ondas excelentes no somatório – Occy somava um 8.83 e Moura tinha um 9.00. A segunda nota do brazuca também era maior, 6.50, contra 5.77 do aussie.

 

Quando a vitória parecia certa para Moura, Occy achou uma onda nos instantes finais e não decepcionou, virando o placar com uma nota 7.83.  

 

Neco Padaratz caiu diante de Paulo Moura na terceira rodada. Foto: Gomez / ASP World Tour.
“Meu coração ainda está disparado”, confessou Occhilupo, logo após sair do mar sob os aplausos dos expectadores. “O Paulo foi brilhante, nós dois tínhamos uma nota alta e cheguei a pensar que tinha perdido. Eu precisava de mais uma boa onda e veio aquela esquerda quando faltavam 40 segundos. Surfei com muita segurança, fiz toda a onda com carinho e consegui vencer. O Paulo mostrou força em boas esquerdas e estou muito feliz por ter conseguido a classificação”, contou Occy.

 

Outro brazuca que sentiu o sabor amargo da derrota nos últimos segundos foi o potiguar Marcelo Nunes. Na terceira rodada, Nunes liderou a disputa contra o aussie Jake Paterson durante boa parte do tempo.

O convidado Fred Patacchia detonou o hexacampeão mundial Kelly Slater. Foto: Gomez / ASP World Tour.

 

Precisando de 7.33 para reverter a situação, Paterson foi para o tudo ou nada em sua última tentativa e estragou a festa verde-amarela ao marcar 7.83 pontos, garantindo presença nas oitavas-de-final.

 

A terceira fase teve dois confrontos entre brasileiros. Na primeira disputa, Paulo Moura superou o catarinense Neco Padaratz, que na repescagem fez a maior somatória do Quiksilver Pro até o momento, 19.00 pontos.

 

Cinco baterias depois, foi a vez de Victor Ribas levar a melhor sobre o paranaense Peterson Rosa. Vitinho disparou na frente com duas ondas excelentes – 9.00 e 8.17 – se dando ao luxo ainda de descartar um 7.83.

 

Precisando de uma combinação de notas para virar a bateria, Peterson não se deu por vencido e completou um tubaço de backside, recebendo 9.70 pontos dos juízes. Porém, as séries pararam de entrar e a vitória ficou mesmo com Ribas, que totalizou 17.17 pontos, contra 15.53 de Peterson.

 

A melhor apresentação do dia ficou por conta do havaiano Andy Irons, que deu show contra o aussie Tom Carroll numa disputa entre bicampeões mundiais.

 

Irons conseguiu a segunda nota 10 do evento ao completar um tubo, acertar uma cacetada no crítico da onda, botar novamente pra dentro e sair limpo pelas cortinas de Restaurants. O havaiano ainda detonou outra esquerda para somar 8.17 pontos e sacramentar a vitória sobre o exímio tube rider Tom Carroll, que totalizou 12.33 pontos no confronto.

 

Na bateria seguinte, o hexacampeão mundial Kelly Slater nada encontrou contra o jovem wildcard Fred Patacchia e foi destruído pelo havaiano, que fez uma ótima escolha de ondas e escovou Slater pelo placar de 16.27 a 12.27 pontos.

 

Mais informações em Aspworldtour.com

 

 

Baterias da terceira fase do Quiksilver Pro Fiji

 

1 Mark Occhilupo (Aus) 11.84 x 10.83 Bruce Irons (Haw)

2 Paulo Moura (Bra) 16.17 x 14.33 Neco Padaratz (Bra)

3 Sunny Garcia (Haw) 16.17 x 13.23 Pat O’Connell (EUA)

4 CJ Hobgood (EUA) 16.63 x 9.10 Alain Riou (Tah)

5 Luke Egan (Aus) 16.93 x 15.57 Beau Emerton (Aus)

6 Jake Paterson (Aus) 12.33 x 11.83 Marcelo Nunes (Bra)

7 Victor Ribas (Bra) 17.17 x 15.53 Peterson Rosa (Bra)

8 Andy Irons (Haw) 18.17 x 12.33 Tom Carroll (Aus)

9 Fred Pattachia (Haw) 16.27 x 12.27 Kelly Slater (EUA)

10 Lee Winkler (Aus) 16.60 x 16.16 Richard Lovett (Aus)

11 Tim Curran (EUA) 17.93 x 15.04 Daniel Wills

12 Guilherme Herdy (Bra) 13.84 x 10.16 Trent Munro (Aus)

13 Taylor Knox (EUA) 17.83 x 15.34 Shane Powell (Aus)

14 Damien Hobgood (EUA) 15.43 x 9.96 Kieren Perrow (Aus)

15 Cory Lopez (EUA) 17.87 x 16.30 Mick Fanning (Aus) 

16 Dean Morrison (Aus) 15.60 x 12.50 Phillip MacDonald (Aus)

 

Baterias das oitavas-de-final

 

1 Mark Occhilupo (Aus) 16.66 x 15.50 Paulo Moura (Bra)

2 Sunny Garcia (Haw) x CJ Hobgood (EUA)

3 Luke Egan (Aus) x Jake Paterson (Aus)

4 Victor Ribas (Bra) x Andy Irons (Haw)

5 Fred Patacchia (Haw) x Lee Winkler (Aus)

6 Tim Curran (EUA) x Guilherme Herdy (Bra)

7 Taylor Knox (EUA) x Damien Hobgood (EUA)

8 Cory Lopez (EUA) x Dean Morrison (Aus)

 

Exit mobile version