Rip Curl Pro Portugal

Clima de decisão

0
2048x1365

John John Florence pode garantir o título antecipado se chegar à final do Rip Curl Pro Portugal. Para isso, Medina não pode passar pela terceira fase, Jordy Smith e Matt Wilkinson não podem vencer a etapa. Foto: WSL / Aquashot / Poullenot.

 

O prazo do Meo Rip Curl Pro Portugal começa nesta terça-feira (18) e o havaiano John John Florence tem chance de ser campeão mundial já nesta penúltima etapa do Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour.

Gabriel Medina é o principal concorrente e precisa chegar nas quartas de final para garantir que a decisão será só no Billabong Pipe Masters, onde foi finalista nos dois últimos anos. Outros sete surfistas também estão matematicamente na briga, como o atual campeão mundial Adriano de Souza e o defensor do título da etapa de Portugal, Filipe Toledo, além de Matt Wilkinson, Jordy Smith, Kelly Slater, Julian Wilson e Kolohe Andino.

Os três brasileiros que podem trazer um terceiro troféu de campeão mundial consecutivo esse ano, já decidiram o título do Rip Curl Pro de Portugal. A primeira vitória foi sensacional, com Adriano de Souza derrotando Kelly Slater num mar clássico em Supertubos em 2011. No ano seguinte, Gabriel Medina vencia até a virada do australiano Julian Wilson no minuto final da bateria. E no ano passado, a decisão foi verde-amarela, com Filipe Toledo ganhando o show de aéreos com Italo Ferreira nas ondas de Supertubos, em Peniche.

John John Florence só garante o título antecipado se chegar na final do Rip Curl Pro e nunca conseguiu isso nas cinco vezes que competiu em Portugal. Ele e Medina entraram juntos na divisão de elite da World Surf League no meio do circuito de 2011 e sua melhor participação nesta etapa foi em 2014, quando ficou em terceiro lugar nas semifinais. No ano passado, perdeu na terceira fase para o mesmo Keanu Asing que o derrotou nas semifinais da França, antes de conquistar sua primeira vitória na final contra Gabriel Medina, que defendia o título do Quiksilver Pro.

980x653

Gabriel Medina tenta levar a decisão para a última etapa, em Pipeline. Foto: © WSL / Kirstin.

 
Medina foi até as quartas de final em Portugal no ano passado, parando no duelo brasileiro com o potiguar Italo Ferreira. Se conseguir vencer três baterias de novo em Supertubos, ele adia a decisão do título mundial para a grande final da temporada nos tubos de Banzai Pipeline. No entanto, além dessa vez e do vice-campeonato em 2012, Medina não passou da terceira fase em Portugal nos outros três anos. E se isso acontecer, John John Florence pode ser campeão mundial de 2016 se chegar na final do Meo Rip Curl Pro, desde que o australiano Matt Wilkinson ou o sul-africano Jordy Smith não vençam o campeonato.

Os quatro primeiros do ranking são os principais concorrentes ao título e o havaiano começa a derrubar adversários se passar da terceira fase em Portugal. Ou seja, caso vença duas baterias em Supertubos, já acaba com as chances matemáticas dos brasileiros Adriano de Souza e Filipe Toledo, além de Kelly Slater e Julian Wilson. Se ganhar mais uma, chega nas quartas de final e também elimina Kolohe Andino, ficando só quatro na briga.

Passando para as semifinais, John John já obriga Smith a vencer em Portugal para seguir com chances e Wilkinson também terá que estar nas semifinais, enquanto Medina ainda pode conquistar o bicampeonato mundial no Pipeline Masters se o havaiano ficar em terceiro lugar em Portugal. Chegando na final, John John Florence já pode ser campeão mundial se Medina não tiver passado da terceira fase e se Wilkinson ou Smith não vencerem o Rip Curl Pro. E com a vitória, o havaiano só não garante a conquista antecipada do seu primeiro título se Medina tiver chegado nas quartas de final, o que já teria levado a decisão para o Havaí.

980x582

Jordy Smith ainda tem chance de conquistar a taça. Foto: WSL / Poullenot.

 
PRIMEIRA FASE – O Meo Rip Curl Pro já vai começar com os concorrentes ao título mundial disputando as primeiras vagas diretas para a terceira fase da etapa portuguesa da World Surf League, que tem prazo até o dia 29 para ser encerrada em Peniche. O australiano Julian Wilson está na primeira bateria e Kolohe Andino na segunda, com o havaiano Keanu Asing campeão da etapa passada na França e o brasileiro Alex Ribeiro. Na terceira, tem o sul-africano Jordy Smith e na quarta entra Matt Wilkinson com o também australiano Ryan Callinan e outro brasileiro, Miguel Pupo.

O vice-líder do ranking, Gabriel Medina, estreia na quinta bateria contra o norte-americano Conner Coffin e o português Frederico Morais. E o número 1 do Jeep WSL Leader, John John Florence, entra com sua lycra amarela no confronto seguinte, com o potiguar Jadson André e o outro convidado de Portugal, Miguel Blanco. Na sétima bateria, tem Brasil em dose dupla com Filipe Toledo fazendo sua primeira defesa do título do Rip Curl Pro contra Wiggolly Dantas e o australiano Adam Melling.

Dois brasileiros também foram escalados juntos na décima bateria, com o campeão mundial Adriano de Souza e Caio Ibelli disputando uma vaga para a terceira fase com outro australiano, Jack Freestone. Eles competem logo após Alejo Muniz enfrentar dois australianos, Adrian Buchan e Josh Kerr. E o vice-campeão do Rip Curl Pro no ano passado, Italo Ferreira, fecha a primeira fase com os havaianos Sebastian Zietz e Dusty Payne.

623x415

Depois de disparar na liderança do ranking com duas vitórias consecutivas, Matt Wilkinson passa a depender da combinação de resultados para ser campeão. Foto: © WSL / Kirstin.

PREVISÃO DAS ONDAS – Os ventos associados ao Furacão Nicole vão estabelecer um período alto no swell de oeste que ganha força na tarde de terça-feira e continua até sexta-feira, geralmente com ventos leves e condições favoráveis.

O Atlântico Norte apresenta potencial para ondulações mais fortes de noroeste / oeste – noroeste entre o fim de semana e o meio da semana seguinte, mas os ventos e condições parecem arriscados neste momento.
 
PRIMEIRA FASE DO MEO RIP CURL PRO PORTUGAL

1.a: Julian Wilson (AUS), Nat Young (EUA), Kai Otton (AUS)
2.a: Kolohe Andino (EUA), Keanu Asing (HAV), Alex Ribeiro (BRA)
3.a: Jordy Smith (AFR), Kanoa Igarashi (EUA), Jeremy Flores (FRA)
4.a: Matt Wilkinson (AUS), Miguel Pupo (BRA), Ryan Callinan (AUS)
5.a: Gabriel Medina (BRA), Conner Coffin (EUA), Frederico Morais (POR)
6.a: John John Florence (HAV), Jadson André (BRA), Miguel Blanco (POR)
7.a: Filipe Toledo (BRA), Wiggolly Dantas (BRA), Adam Melling (AUS)
8.a: Kelly Slater (EUA), Stu Kennedy (AUS), Matt Banting (AUS)
9.a: Adrian Buchan (AUS), Josh Kerr (AUS), Alejo Muniz (BRA)
10: Adriano de Souza (BRA), Caio Ibelli (BRA), Jack Freestone (AUS)
11: Joel Parkinson (AUS), Michel Bourez (TAH), Davey Cathels (AUS)
12: Italo Ferreira (BRA), Sebastian Zietz (HAV), Dusty Payne (HAV)

TOP-22 DO JEEP WSL RANKING – após a nona das onze etapas de 2016:

1.o: John John Florence (HAV) – 48.150 pontos
2.o: Gabriel Medina (BRA) – 45.450
3.o: Matt Wilkinson (AUS) – 38.250
4.o: Jordy Smith (AFR) – 35.700
5.o: Kolohe Andino (EUA) – 32.150
6.o: Julian Wilson (AUS) – 30.900
7.o: Filipe Toledo (BRA) – 30.650
8.o: Kelly Slater (EUA) – 30.150
9.o: Adrian Buchan (AUS) – 29.700
10: Adriano de Souza (BRA) – 29.400
11: Joel Parkinson (AUS) – 28.700
12: Italo Ferreira (BRA) – 27.500
13: Sebastian Zietz (HAV) – 26.000
14: Michel Bourez (PLF) – 25.700
14: Caio Ibelli (BRA) – 25.700
16: Mick Fanning (AUS) – 25.200
17: Josh Kerr (AUS) – 24.700
18: Stu Kennedy (AUS) – 21.200
19: Wiggolly Dantas (BRA) – 21.150
20: Nat Young (EUA) – 18.900
21: Keanu Asing (HAV) – 18.750
22: Kanoa Igarashi (EUA) – 18.000

Outros brasileiros no ranking:

23: Miguel Pupo (BRA) – 16.700 pontos

25: Jadson André (BRA) – 16.250
29: Alejo Muniz (BRA) – 14.250
33: Alex Ribeiro (BRA) – 10.450