Campeã do WQS, Jacqueline Silva sonha com o WCT

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#A nova campeão do WQS quer mais. Depois de faturar pela segunda vez o Roxy Pro, em Haleiwa no último domingo, Jacqueline Silva está confiante para vencer também no WCT. A catarinense manteve a tradição brasileira de títulos no WQS. No ano passado, a não menos brilhante Tita Tavares, do Ceará, também sagrou-se campeã no arquipélago havaiano. Veja a seguir, entrevista exclusiva com a surfista, concedida ao site Waves por e-mail.

Qual a sensação de ser campeã mundial do WQS?

A sensação é inexplicável. Minha primeira reação, depois de saber que eu havia sido campeã do WQS, foi chorar de felicidade.

A segunda vitória no Roxy Pro teve um sabor especial?

Teve sim. Surfei todas as baterias para ganhar, mas eu sabia que não seria fácil vencer de novo. Para mim, foi uma façanha. Só fui acreditar quandodeitei na cama para dormir e vi que não era sonho, era realidade mesmo.

#Como estava o mar na hora da final?

Tinha de 4 a 5 pés nas séries e estava entrando um vento maral, mas as condições eram ótimas.

O fato de ser regular adiantou seu lado em Haleiwa?

Acho que sim. Surfo com mais seguranca para a direita, mas acho meu backside mais forte.

E a bateria decisiva?

Bom, todas minhas adversárias deram trabalho. Mas, a que ficou em segundo, Lynette Mackenzie, precisava apenas de 4 pontos e alguma coisa. Eu havia pego uma onda quando escutei o locutor dar a parcial, e eu estava em primeiro e Lynette em segundo, precisando de poucos pontos. Remei muito forteem direção a ela, mas, veio uma série e me varreu. Minha sorte é que passou a série toda e ela não entrou em nenhuma onda. Quando olhei para o outside,faltando um minuto e meio para acabar a bateria, e vi que não tinha ondulação nenhuma formando, fiquei mais tranquila, e ainda continuei a remar na direção dela. Quando vi que não havia mais tempo de entrar outra série, já saí comemorando o bi. Foi demais.

#Depois de vencer o WQS, você fica ainda mais animada para dar um gás no WCT?

Com certeza. Vou surfar todas as baterias para vencer, como fiz em Haleiwa.

Como foi a repercussão de sua vitória no Hawaii?

Foi ótima, por eu já ter ganho ano passado. Muitas pessoas vieram me comprimentar. Saiu em jornais e televisão, foi superlegal.

De que maneira os cancelamentos prejudicaram seu preparo para essa reta final de temporada?

Bom, acho que atrapalhou um pouco sim. Mas, mesmo depois destes cancelamentos, ainda tenho chances de ser campeã. Se estes campeonatos tivessem rolado, e eu fizesse bons resultados, poderia estar melhor no ranking. Mas, isso não vem ao caso. Agora, vou dar meu máximo, e depois vejo o resultado.

Fazendo um retrospecto de sua temporada, quais teriam sido os pontos altos e baixos de sua campanha?

Acho que nesta temporada eu mantive uma constância legal. Meus baixos foram não ter participado de todas as etapas do Super Surf. E os altos foram astrês finais que eu fiz este ano, que me deram essa vitoria aqui no Hawaii.

#O que você pode melhorar para render ainda mais nas baterias?

Acho que pode melhorar muita coisa. Eu mesma não procuro arriscar muito nas baterias. Por enquanto, tenho mostrado um pouco do que sei. Posso chegarmais longe. É dificil surfar em uma bateria como no free surf, não dá para arriscar muito. Mas, estou trabalhando bastante isso.